top of page
Untitled-Artwork (1).jpg

LENDAS

Os indígenas, mais antigos habitantes da região Norte, viam na criação de  lendas uma oportunidade de explicar a origem de cada ser vivo, de cada elemento da natureza e de cada fenômeno inexplicável, conservando a herança cultural repassada por seus descendentes.  Posteriormente, isso veio a contribuir para que a região herdasse uma mitologia tão rica e diversa quanto a mitologia grega, permanecendo por décadas e décadas como um dos maiores exemplos da cultura imaterial na cidade de Belém. 

BOTO:

Segundo a lenda do boto cor-de-rosa, ou apenas boto, um animal utiliza da sua a habilidade de se transformar em homem para seduzir moças interioranas que costumam dançar nas festas de beira de rio. Dentro dessa narrativa existem vários cenários e crenças: quando ele convida alguém para dançar, a escolhida é sempre levada para o fundo do rio e abandonada, ou quando uma mulher que reside às margens dos rios da região engravida sem estar casada, é certeza que seu filho será atribuído ao boto, e por aí a lista continua! 

 

Utilizado também como um dos amuletos mais poderosos quando o assunto é amor, o Olho do Boto, vendido nas barraquinhas de simpatia de Belém, é capaz de atrair qualquer pessoa pelo possuidor do amuleto, e se diz por ai que os efeitos são de difícil reversão.

 

IARA:

Do indígena Luara, Iara significa "aquela que mora nas águas", denominação dada à uma das principais personagens do folclore brasileiro. Segundo a lenda, a índia Iara causava inveja nas pessoas de sua tribo por sua beleza e suas habilidades de guerra, o que levou com que seus próprios irmãos planejassem sua morte.

Após escapar da armadilha, seu pai resolveu puni-la pela morte de seus irmãos a lançando no Rio Negro e Solimões, mas a índia foi salva pelos peixes do rio em noite de lua cheia, se tornando assim metade mulher e metade peixe. Desde então, a sereia utiliza de seus atributos para atrair homens e levá-los para o fundo do rio.

 

CURUPIRA:

 

Uma das mais populares e importantes lendas da região Norte é a da entidade responsável pela proteção da fauna e flora Amazônica, o Curupira. Tendo como principal característica os pés virados para trás para enganar aqueles que lhe perseguem, a criatura com traços indígenas e cabelos vermelhos é conhecida por ser um verdadeiro escudo contra pessoas mal-intencionadas, geralmente lenhadores e caçadores.

Utilizando de artimanhas e armadilhas para impedir uma possível agressão à natureza, o Curupira prega peças como assobios agudos e barulhos de árvores e pedras de modo que ele deixe os invasores atordoados, assumindo assim o seu posto de guardião da floresta.

 

VITÓRIA RÉGIA:

 

A planta aquática símbolo da Amazônia tem sua origem associada à índia Naiá e sua desilusão amorosa. Os lagos amazônicos são os espelhos naturais da Lua, que por sua vez assume o papel do deus Jaci no folclore amazônico, responsável por transformar em estrelas as índias que por ele se apaixonam.

Naiá, convencida de que seu momento de se transformar em estrela havia chegado, viu o reflexo da Lua em uma grande lagoa e mergulhou na tentativa e tocá-la, mas acabou afundando e desaparecendo nas águas. Sem poder realizar seu desejo, Jaci resolve então transformá-la em Vitória Régia, a estrela das águas.

Untitled_Artwork (4).jpg

Ressalva

O conteúdo do site não reflete a opinião da Universidade Presbiteriana Mackenzie e é de total responsabilidade de seu autor.

Untitled_Artwork (3).jpg
bottom of page