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tacacá

Constituído por uma mistura que leva tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco, o tacacá está presente em barraquinhas e estabelecimentos espalhados por diversas localidades da capital paraense. A sua importância para a gastronomia local é tão expressiva que o prato deixa de ser apenas ingredientes combinados –– é também um conjunto de costumes. Ele não é comido e muito menos bebido, ele é tomado, e tem que ser direto da cuia! Talheres também são dispensados, o consumo dos demais ingredientes é feito com o auxílio de palitinhos de madeira.

E as peculiaridades dessa iguaria não param por aí. Um dos elementos que trazem cor ao prato é o Jambu, hortaliça cujas folhas despertam formigamento e dormência nos lábios e na língua. Quando combinado com camarões e com o Tucupi, caldo feito a partir da mandioca, o resultado é um alimento que não pode faltar nos fins de tarde da população de Belém.

Mesmo sendo um dos principais itens da culinária tradicional do norte, não é qualquer paraense que sabe fazer um bom tacacá. As tacacazeiras, denominação dada às tradicionais vendedoras do prato, são tão emblemáticas no cenário belenense que foram consideradas Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará, e as receitas são sempre passadas de geração para geração. No entanto, a origem do tacacá vem diretamente da culinária indígena –– a própria palavra tacacá provém do nheengatu, idioma que faz parte da família linguística Tupi-Guarani. Sendo uma espécie de variação do mani poi, uma sopa aborígene feita com uma base de caldo de mandioca com sopa, o tacacá tornou-se um dos pratos mais simbólicos da Amazônia. 

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Ressalva

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